Saturday, May 28, 2011

Mãe canadense defende decisão de manter sexo de filho mais novo em segredo

Em artigo publicado neste sábado, uma canadense defendeu a decisão tomada por ela e por seu marido de manter em segredo o sexo de seu filho mais novo, para dar à criança a oportunidade de desenvolver a sua identidade sexual por conta própria.

Menino ou menina?

  • AP

    David Stocker segura Storm, de 4 meses, que não tem sexo revelado


A decisão tomada por Kathy Witterick, 38 anos, e David Stocker, 39, de não revelar o gênero de seu bebê Storm, de quatro meses de idade, gerou uma avalanche de reações - positivas e negativas - após reportagem do jornal Toronto Star, publicada nesta semana.

Moradores de Toronto, Kathy e David têm outros dois filhos - Jazz, de cinco anos, e Kio, de dois. Os meninos são encorajados a escolher as suas próprias roupas e cortes de cabelo, mesmo que isto signifique optar por usar peças femininas.

Jazz, por exemplo, usa um cabelo comprido com tranças. Ao Toronto Star, David admitiu que os garotos são "quase exclusivamente tomados por meninas".

O sexo de Storm é mantido em segredo até mesmo dos avós das crianças. Apenas os dois pais e os dois irmãos conhecem o gênero da criança, além de um amigo próximo da família e das duas parteiras que ajudaram Kathy a dar à luz.

Segundo o Toronto Star, os avós ficaram preocupados com a decisão dos pais de Storm, mas acabaram sendo compreensivos.

Pergunta do filho
No artigo publicado pelo jornal Ottawa Citizen, Kathy justifica a decisão tomada por ela e por David, além de criticar o "frenesi da mídia" criado em torno da maneira como decidiu criar seus filhos.

Segundo a mãe, que já trabalhou com casos de abuso e violência contra crianças e se descreve como "tímida e idealista", a ideia de não revelar o sexo de Storm surgiu em uma pergunta feita por Jazz, o filho mais velho.

"Quando Storm estava perto de nascer, Jazz (...) questionou se as pessoas reagiriam diferentemente se elas não soubessem o sexo do bebê. Que presentes elas trariam? Se Storm fosse um menino, seria permitido a ele usar vestidos? Vestir rosa?", diz.

"Existem estes momentos enquanto pai em que você espera que o seu filho possa trazer uma questão diferente à mesa", afirma Kathy.

"Se você realmente diz a verdade sobre ser amável, honrar diferenças, ter uma mente aberta e colocar limites de maneira cuidadosa, ajudando as crianças a desenvolver competências e ser seguras, então é melhor você unir o discurso à prática", diz a canadense no artigo.

"Nós concordamos em manter o sexo do nosso novo bebê na privacidade."
Kathy afirma que a ideia de manter o sexo do bebê em segredo é uma tentativa de "autenticamente tentar conhecer a pessoa, ouvindo a ela com atenção e reagindo a pistas significativas dadas por ela própria".

A mãe acredita que é importante "desafiar ortodoxias" e fazer as pessoas se questionarem se "elas verdadeiramente acreditam que (manter) o status quo é o melhor que podem fazer".

"Será que essas normas vão criar crianças sadias, felizes, amáveis e bem-ajustadas?", ela questiona.

'Gênero livre'
Kathy afirma que, assim como ela, nenhum dos seus outros dois filhos tem o "gênero livre ou é sem gênero".

Segundo a mãe, "Jazz tem uma forte percepção de que é um menino, e ele entende que as suas escolhas de vestir rosa e de ter cabelo comprido não são sempre aceitáveis na sua comunidade".

A canadense diz que Jazz escolhe fazer isto livremente, "porque ele também foi ensinado a respeitar a diferença, a amar a si mesmo e a navegar pelo mundo de uma maneira que é sincera consigo mesmo."
'Frenesi da mídia'
Em seu artigo, Kathy critica a atenção dada pela imprensa à sua família.

"Para proteger os nossos filhos do frenesi da mídia que nós não previmos, nós rejeitamos mais de cem pedidos de entrevistas de todas as partes do mundo, incluindo ofertas para viajar a Nova York com todas as despesas pagas e para aparecer em quase todos os programas matutinos americanos", afirma.

"Nós temos aprendizados a receber, parques para visitar e borboletas para tomar conta".

Sobre o interesse e a curiosidade das pessoas, ela diz: "A ideia de que o mundo inteiro precisa conhecer o sexo do nosso bebê me atinge como algo doentio, inseguro e voyeurístico."
"Um dia, Storm vai ter algo a dizer sobre isto, então, enquanto isso, eu estou somente ouvindo atentamente", conclui.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/bbc/2011/05/28/mae-canadense-defende-decisao-de-manter-sexo-de-filho-mais-novo-em-segredo.jhtm

Friday, January 14, 2011

Precisamos de um imposto sobre sexo?

11 de janeiro de 2011 (Breakpoint.org/Notícias Pró-Família) — Os políticos estão sempre falando sobre impostos. Alguns deles querem cobrar mais dos ricos; outros querem elevar os impostos sobre o álcool e cigarros. Mas estou pensando num “produto para o consumidor” no qual nunca veremos um imposto: sexo. Mas talvez devêssemos. O sexo — isto é, o tipo errado de sexo — está elevando os custos do governo.
Numa recente coluna, o especialista em casamento Mike McManus faz investigações sobre os elevados custos do sexo fora do casamento. Por exemplo, mais de 7 milhões de casais americanos vivem juntos sem estarem casados. De cada cinco desses casais, quatro se separarão sem nunca casar oficialmente. Mas, escreve McManus, se eles tiveram um bebê, muitas dessas mães e filhos estarão em condições de cumprir os requisitos para receber do governo assistência médica gratuita, moradia, subsídios de creche e bolsas família.
Segundo, mesmo quando casais amigados realmente se casam, de acordo com um estudo do Estado da Pensilvânia, eles sofrem índices mais elevados de divórcio do que os casais que não vivem juntos primeiro. Em média, cada divórcio envolve um filho. E tal qual a mãe nunca antes casada, a mãe divorciada também está em condições de cumprir os requisitos para receber muitos benefícios governamentais. De acordo com a Fundação Heritage, escreve McManus, “13 milhões de mães solteiras com filhos custaram aos contribuintes de imposto de renda 20.000 dólares, ou 260 bilhões no ano de 2004”. O total provavelmente chega a 300 bilhões de dólares hoje, diz McManus.
E isso é só o começo.
Uma criança que nasce fora do casamento tem uma probabilidade sete vezes maior de abandonar a escolar, de se tornar pai ou mãe na adolescência e de acabar na prisão. Essas crianças têm uma probabilidade 33 vezes mais elevada de sofrerem graves abusos.
E todos temos ouvido acerca dos elevados índices de DSTs afetando os adolescentes dos EUA — doenças que custam bilhões de dólares em tratamento.
Portanto, talvez devêssemos considerar um imposto sobre o sexo sem casamento — taxando tudo, desde o encontro sexual casual de uma noite apenas aos acordos de viver juntos. Tudo isso está nos custando muito dinheiro. E tais impostos poderiam, aliás, saldar a dívida nacional.
Deixando toda piada de lado, essas estatísticas nos dizem que precisamos fazer mais para baixar o índice de nascimentos de filhos ilegítimos — começando com a iniciativa de dar às adolescentes as ferramentas de que precisam para dizer “não” ao sexo antes do casamento. Temos também de manter os pais numa posição em que eles prestem contas pelos filhos que eles ajudam a trazer ao mundo. E temos de preservar o casamento tradicional — pois redefinir o casamento para significar nada mais do que um contrato entre duas ou mais pessoas de qualquer sexo destruiria ainda mais a instituição do casamento, com todos os custos resultantes depois.
Mike McManus, que é também o fundador da organização Marriage Savers (Resgatadores do Casamento), tem mais algumas ideias: Os estados têm de criar comissões de casamento para incentivar o casamento, em vez de coabitação. As secretarias de assistência social de cada estado, diz ele, têm de “fornecer informações sobre o valor do casamento na redução da pobreza e aumento de riqueza, felicidade e maior longevidade”. E temos de exigir que as escolas públicas e clínicas de planejamento familiar que recebem financiamento do governo ensinem as crianças sobre os benefícios de longo prazo de se criar filhos dentro do casamento, em vez de coabitação.
Se fizéssemos tudo isso, poderíamos salvar centenas de milhões de dólares, escreve McManus. Olha, ele está certo. Eu desejava que os candidatos políticos fossem corajosos o suficiente para assumir essa questão, mas eles não o farão. O sexo é considerado o direito mais sagrado de nossa cultura pós-cristã.
Mas a evidência revela o que acontece quando o tiramos do contexto de casamento tradicional que Deus lhe deu: pobreza, doenças, miséria — e, sim, impostos mais elevados para todos nós.
Este artigo foi reproduzido com permissão de breakpoint.org
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/news/should-we-have-a-sex-tax
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Tuesday, December 7, 2010

Os custos sociais da pornografia

P. Langdale Hough
23 de março de 2010 (Notícias Pró-Família) — Na semana passada no Clube Nacional de Imprensa em Washington, D.C., o Instituto Witherspoon informou sobre uma série de descobertas acadêmicas e recomendações acerca dos custos sociais da pornografia.
Em dezembro de 2008 um grupo variado de acadêmicos, médicos e jornalistas se reuniu em Princeton, New Jersey, para começar uma investigação inicial sobre os danos sociais do consumo da pornografia em homens, mulheres e crianças. Os acadêmicos participantes tinham vindo de uma ampla variedade deprofissões especializadas. Psiquiatras, especialistas legais, médicos e economistas reuniram uma análise rigorosa das dimensões neurológicas, psicológicas, econômicas, sociais, políticas, legais e filosóficas do uso da pornografia. O resultado foi divulgado em 16 de março de 2010, quando o Instituto Witherspoon apresentou o documento “The Social Costs of Pornography: A Statement of Findings and Recommendations” (Os Custos Sociais da Pornografia: Descobertas e Recomendações).
Três observações importantes sobre o documento merecem ser feitas. Primeira, ele apresenta variado consenso profissional e especializado sobre as ramificações sociais da pornografia de internet, um consenso que está em divergência com boa parte das opiniões aceitas sobre a questão. Segunda, algumas implicações da evidência empírica apresentadas no documento provocarão controvérsia, em parte por causa de uma suscetibilidade libertária predominante com respeito ao consumo da pornografia. Em último lugar, é preciso fazer muito mais pesquisas, considerando o crescimento relativamente recente da pornografia deinternet e o desafio de obter dados confiáveis de produtores e consumidores da pornografia de internet.
O que sustenta boa parte da opinião pública sobre a pornografia é a compreensão do consumo depornografia como entretenimento inócuo, expressão sexual benigna ou ajudante matrimonial. Contudo, essa maneira de ver fica complicada com a onipresença de materiais pornográficos instantâneos, realistas e descarados, e o crescente volume de evidências empíricas que confirmam os danos que a pornografia cria naqueles que produzem e consomem a pornografia bem como naqueles que vivem e trabalham nos mesmos domicílios, empresas e comunidades onde há usuários de pornografia. Dentro dessas duas observações estão importantes afirmações específicas, algumas das quais podem ser achadas aqui e todas das quais estão inteiramente documentadas em Os Custos Sociais da Pornografia: Descobertas e Recomendações.
Com a chegada da era da internet, pessoas de todas as idades e classes, de ambos os sexos, têm agora acesso quase ilimitado a conteúdo de pornografia que é feito para todos os gostos e fantasias adquiridos por hábito. A acessibilidade instantânea dos materiais é aumentada pelo desenvolvimento aparentemente infindável de mídias digitais mais vívidas e realísticas e uma indústria responsável por quase um quinto detodos os filmes pagos dos Estados Unidos. No meio desses avanços técnicos, as comunidades terapêuticas e médicas relatam uma presença crescente de (e audiência para) pornografia explícita. Se, como sugerem alguns, estamos à beira de uma nova revolução de mídia 3-D, experiências pornográficas ainda mais dramáticas poderão logo ser disponibilizadas.
A onipresença da pornografia na era da internet vem acompanhada por um volume crescente deevidências que indicam que, independente da idade e do sexo, todos são afetados. A maior parte dos danos sociais ligados ao consumo da pornografia parece se originar de sua natureza psicológica como uma intensa experiência de treinamento de conduta e concessão de permissão dentro do contexto de aprendizado altamente eficaz da excitação sexual, onde ações são demonstradas, repetidas, incentivadas e/ou proibidas via imagens cheias de informações.
Estudos empíricos revelam a neurociência do consumo da pornografia. Alguns estudos mostram que o uso da pornografia mina o relacionamento conjugal e outros relacionamentos íntimos de seus usuários, pode tornar os homens sexualmente incompetentes com uma parceira real, e para alguns pode levar a atrações crescentes para com imagens e condutas de natureza pornográfica. Mulheres não só enfrentam novas expectações de conduta sexual, mas também se defrontam com mais chances de divórcio, infidelidade e casamentos menos felizes. Crianças, principalmente rapazes, são mais inclinados à violência, agressão e coerção sexual de colegas, são mais suscetíveis à coerção sexual por parte de colegas e adultos. As meninas adolescentes são mais inclinadas a tolerar abuso emocional, físico e sexual. Por último, embora seja preciso fazer muitas pesquisas nessa área, parece que a pornografia continua a ser um fator no tráfico de seres humanos para a exploração sexual. Em resumo, a pornografia tem custos sociais para os que estão envolvidos em nível principal (consumidores e produtores, sejam homens, mulheres ou crianças) e nível secundário (geralmente mulheres e crianças).
Essas descobertas, que são avaliadas de forma mais abrangente em Os Custos Sociais da Pornografia: Descobertas e Recomendações e sua pesquisa associada, são de preocupar profundamente. O grupo variado de especialistas que assinou o documento concorda que uma mudança nas expectativas e informações públicas sobre os custos sociais do consumo da pornografia — em parte modelada na campanha bem-sucedida contra o fumo nas últimas cinco décadas — é necessária. Embora nem todos estejam de acordo com todas as recomendações no documento, eles oferecem várias propostas para ajudar a demonstrar o tipo de abordagem que se precisa. Algumas das recomendações do documento incluem:
— uma conscientização maior por parte da comunidade terapêutica quanto aos danos do consumo da pornografia bem como pesquisas adicionais nessa área;
— maior atenção por parte dos profissionais da educação quanto a esse volume de pesquisas e os perigos e desafios que os adolescentes adultos estão enfrentando;
— maior interesse por parte de jornalistas sobre as consequências da onipresença da pornografia e um envolvimento de rigoroso jornalismo investigativo na indústria pornográfica;
— uma resposta rigorosa da indústria privada para com o uso da pornografia no ambiente de trabalho e uma conscientização dirigida a empregados com problemas de pornografia;
— a “desglamorização” do uso da pornografia por parte das celebridades e da cultura popular;
— e finalmente, um engajamento nessa questão por parte dos governos locais e federais, inclusive: legislação para tornar ilegal a pornografia nos servidores padrões usados pelas pessoas comuns; uso das posições de influência para uma campanha pública para mostrar que a pornografia — até mesmo quando não preenche a definição estreita e legal de “obscena” — necessariamente não se enquadra na liberdade de“expressão” conforme a Primeira Emenda protege; rotular todos os materiais pornográficos (impressos e digitais) com um aviso sobre o potencial viciador da pornografia e consequentes danos psicológicos possíveis para o consumidor; o redesenvolvimento e a mobilização da unidade do Ministério da Justiça dedicada à instauração de ações legais contra obscenidade para lidar com o fenômeno específico e complexo da pornografia de internet; e a criação de um novo direito privado (civil, não criminal) de ação, chamado a “exposição negligente de um menor ou um adulto indisposto a materiais obscenos”.
Os Custos Sociais da Pornografia: Descobertas e Recomendações foi escrito entendendo-se que a sociedade estará em melhores condições se os fatos sobre o uso da pornografia e suas consequências forem ampla e eficazmente circulados de modo que pessoas de todos os tipos consigam levá-las em consideração. Considerando que o interesse da indústria pornográfica no desenvolvimento de avanços tecnológicos novos e mais vividos nos meios de comunicação, é mais importante do que nunca que as famílias, os pastores, os profissionais terapêuticos, os educadores, os líderes empresariais e os servidores públicos fiquem mais conscientes das devastadoras conseqüências sociais da onipresença da pornografia na era da internet.
Há alguns sinais de que está havendo progresso. As classes psiquiátricas e terapêuticas recentemente começaram a fazer certas observações com relação aos custos do consumo da pornografia na conduta deum indivíduo. A Associação Americana de Psiquiatria em sua proposta revisão recentemente divulgada doManual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais pela primeira vez incluiu referências específicas à pornografia como possível fator em “Desordens Hipersexuais”. Se essa revisão permanecer no manualfinal, será um importante primeiro passo para autorizar indivíduos e famílias a buscar tratamento específico e cobertura de seguro para condutas resultantes de ou diretamente ligadas ao consumo depornografia.
Incentivo você a considerar as descobertas e recomendações que se encontram no documento integral, disponível online junto com uma apresentação de vídeo das consultas e rascunhos das consultas dosdocumentos de pesquisas.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesite.net/ldn/viewonsite.html?articleid=10032313
Copyright © LifeSiteNews.com. Este texto está sob a licença de Creative Commons Attribution-No Derivatives. Você pode republicar este artigo ou partes dele sem solicitar permissão, contanto que o conteúdo não seja alterado e seja claramente atribuído a “Notícias Pró-Família”. Qualquer site que publique textos completos ou grandes partes de artigos de Notícias Pró-Família ou LifeSiteNews.com em português tem a obrigação adicional de incluir um link ativo para “NoticiasProFamilia.blogspot.com”. O link não é exigido para citações. A republicação de artigos de Notícias Pró-Família o LifeSiteNews.com que são origináriosde outras fontes está sujeita às condições dessas fontes.

Do luxo ao lixo: conheça ganhadores da loteria que perderam tudo

Callie Rogers gastou com casas, carros, roupas de grife, festas, implantes de silicone nos seios e drogas

Foto: Reprodução

Cerca de um terço dos ganhadores de loteria vão à falência apenas alguns anos depois de receberem os primeiros milhões, segundo pesquisa realizada nos Estados Unidos. O enriquecimento súbito e a incapacidade de administração do patrimônio muitas vezes levam as pessoas ao descontrole financeiro. Conheça dez sortudos que acabaram com a fortuna que ganharam na loteria em pouco tempo.

Luxo e drogas
A inglesa Callie Rogers, 22 anos, ganhou quase dois milhões de libras (equivalente a R$ 5 milhões) aos 16 anos. Em sete anos, a jovem gastou quase todo o seu dinheiro (restam-lhe menos de R$ 300 mil), viciou-se em drogas e tentou suicídio três vezes.

Callie usou boa parte do prêmio para comprar quatro casas para sua família, carros novos, roupas de grife, para fazer festas e para colocar implantes de silicone nos seios. Quinze dias depois de ganhar na loteria, ela conheceu seu namorado, Nicky Lawson, 29 anos, com quem se casou e teve dois filhos.

Durante o casamento, Callie gastou mais de R$ 680 mil em cocaína. Ela entrou em depressão e tentou cometer suicídio três vezes - a última vez foi no início deste ano, depois de perder a guarda dos filhos. A jovem diz estar determinada a recuperar a custódia das crianças.

Lixeiro
Um inglês que ganhou 9,7 milhões de libras (cerca de R$ 26 milhões) na loteria há oito anos quer voltar ser lixeiro para poder sustentar as duas filhas depois de ter gastado toda a sua fortuna. Michael Carroll, 26 anos, de Norfolk, na Inglaterra, tinha 19 anos quando ganhou o prêmio, em novembro de 2002.

Michael, que gastou sua fortuna em drogas, jogatinas e prostitutas. No auge da vida de milionário, Carroll gastava cerca de R$ 6 mil com cocaína todo dia. Sua mulher o deixou e levou a filha do casal com ela. Na casa que comprou com o prêmio, o britânico costumava dar festas regadas a bebida e sexo, nas quais chegava a dormir com quatro garotas de programa por noite. Em 2004, o gari foi preso por cinco meses por abuso de drogas.

Michael afirma ter sido bastante generoso com amigos e familiares, dando a eles quase metade da fortuna. Para o time de futebol do coração, o Rangers, Carroll doou cerca de R$ 3 milhões.

Sem nada em quatro anos
O maior prêmio já concedido na história pela loteria americana foi de US$ 315 milhões. O ganhador foi Jack Whittaker, em 2002. Jack já tinha uma boa estabilidade financeira trabalhando no ramo da construção civil, mas sua vida deu uma virada ao ganhar o prêmio - para pior.

Jack foi preso por dirigir embriagado e ameaçar o dono de um bar, e começou a perder dinheiro. Gastou mais de US$ 100 mil em um clube de strip-tease, teve US$ 745 mil roubados de seu carro e respondeu por diversos processos por dívidas em jogos de azar. Em um deles Whittaker foi processado ao passar cheques sem fundo para um cassino, no valor de US$ 1,5 milhão, para encobrir suas perdas no jogo.

Sua mulher pediu o divórcio, sua neta e o namorado morreram de overdose, em parte financiada com a mesada de US$ 2,1 mil que ele dava e ela. Sua filha também morreu por causas desconhecidas. Hoje Whittaker está sem dinheiro e sem família. Mas ele também praticou o bem, doando milhões de dólares para associações cristãs de caridade e para a Jack Whittaker Foundantion, uma ONG que ajuda necessitados de West Virginia, estado onde mora.

Doação
A sul-coreana Janite Lee, 52 anos, moradora do Estado americano do Missouri, ganhou US$ 18 milhões em 1993 e começou a abrir a carteira. Doou US$ 1 milhão para a Universidade de Washington, US$ 277 mil para políticos do Partido Democrata, US$ 30 mil para a família de um pastor e ainda grande somas para a igreja e instituições de caridade.

Lee também comprou coisas para si mesma, como carros e casas chiques, além de ser viciada em jogos: chegou a perder US$ 347 mil em cassinos em um ano. Em 2001 ela declarou falência com US$ 700 em duas contas bancárias. Mas, devido à toda sua caridade, Janite Lee teve a oportunidade de jantar com líderes mundiais, entre eles o ex-presidente americano Bill Clinton.

Após prêmio, suicídio
Depois de ganhar US$ 31 milhões em 1997, o pastor americano Billie Bob Harrell, do Texas, teve um fim trágico. Após ganhar o prêmio ele comprou casas e carros, mas também começou a sofrer pressões de desconhecidos para ajudá-los. Generoso, o pastor emprestava dinheiro a todos que pediam, mas poucos pagaram a dívida.

Harrell também doou parte do dinheiro à igreja e a instituições de caridade. Ele acabou indo à falência, perdeu a mulher e, dois anos depois de ganhar o prêmio milionário, acabou cometendo suicídio. Sua família, que não sabe explicar para onde foi grande parte da fortuna, ficou apenas com uma grande dívida em impostos devidos ao governo.

Escolhas erradas
O americano Shefik Tallmadge ganhou US$ 6,7 milhões com um bilhete comprado com sua última nota de US$ 5 na loteria do Arizona em 1988. Ele mudou de emprego, conseguiu um diploma de cientista político, se casou e se mudou para a Califórnia. Após passar anos viajando pela Ásia e África e comprar carros esportivos e imóveis, Tallmadge se interessou pelo ramo de combustíveis. Chegou a ser dono de quatro postos de gasolina, mas suas escolhas o levaram à falência em 2006.

Loucura e cinema
A britânica Vivian Nicholson ganhou um prêmio de 152 mil libras (cerca de 3 milhões de libras em valores atuais) em 1961 e ficou conhecida por dizer que iria "gastar, gastar, gastar" o prêmio. E foi o que ela fez. Depois de ganhar o prêmio, Vivian ficou viúva e se casou outras cinco vezes. Fez tratamento para alcoolismo, sofreu um derrame, foi deportada da ilha de Malta, tentou o suicídio e foi internada em um hospício. A história da vida de Vivian foi adaptada para o cinema e também virou livro e musical. Atualmente ela, que é idosa e aposentada, vive com uma pensão de 87 libras por semana, mas diz não se arrepender de nada.

Processo por sonegação
Em 1990, a assistente de enfermagem americana Rhoda Toth ganhou US$ 13 milhões na loteria da Flórida. Rhoda jogou na loteria quando somente restava US$ 27 a ela e ao marido. Os dois gastaram todo o dinheiro que ganharam até serem processados por sonegação de impostos em 2006.

Quando foram presos, Rhoda e o marido já viviam na pobreza novamente. Rhoda fingiu ter esclerose múltipla para evitar a condenação, mas agentes federais gravaram imagens dela fora do tribunal, sem nenhum indício de doença. O marido, Alex Toth, morreu de ataque cardíaco em 2008. Ela foi condenada a dois anos de prisão e ao pagamento de US$ 1,1 milhão à Receita Federal dos EUA.

Vida em trailer
Evelyn Adams foi premiada na loteria de New Jersey duas vezes, em 1985 e em 1986. A chance de vencer duas vezes na loteria é de uma em 17 trilhões, segundo o Times , mas a sorte não foi suficiente para Evelyn não ter mais preocupações. Ela perdeu grande parte dos US$ 5,4 milhões ganhos em jogos de azar e hoje vive em um trailer no estado de New Jersey.

Dívida para o banco
A americana Suzanne Mullins, moradora do Estado da Virginia, explorou uma opção diferente de receber seu dinheiro em 1993. Enquanto quase todo mundo pega sua bolada de uma vez só, ela preferiu dividir o recebimento do seu prêmio de US$ 4,2 milhões em 20 vezes. Parecia sensato, mas Mullins não soube administrar. De algum jeito, ela conseguiu ficar devendo para o banco, e ainda está em dívidas com credores, mesmo não cometendo nenhuma extravagância aparente. Segundo ela, o rombo nas contas é devido a despesas médicas do seu genro, que ultrapassariam um milhão de dólares.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4830322-EI294,00-Do+luxo+ao+lixo+conheca+ganhadores+da+loteria+que+perderam+tudo.html